Thais Guimarães
O prefeito de Belo Horizonte (MG), Álvaro Damião (União Brasil), que está visitando Israel, precisou se abrigar em um bunker na madrugada desta sexta-feira (13) após o toque de sirenes de alerta. O estado de Israel atacou o Irã na noite dessa quinta (12) e está sob alerta para possíveis retaliações.
Outros prefeitos brasileiros, incluindo o de João Pessoa (PB), Cícero Lucena (PP), também estão em Israel a convite do governo, para conhecer modelos de segurança pública e novas tecnologias na área.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Álvaro Damião relatou os momentos de tensão que viveu nesta madrugada. O prefeito estava acompanhado do secretário de Segurança Pública de Belo Horizonte, Márcio Lobato. Assista ao vídeo:
“Quando chegamos a Israel, o intérprete do governo israelense nos explicou como funcionava o bunker, e nós aprendemos. Infelizmente, tivemos aula teórica e prática. Eu estava dormindo, eram 2h55 da madrugada, quando acordei com um barulho, uma sirene. Tocou a sirene, vesti a primeira roupa que encontrei, peguei apenas o aporte, bati na porta do quarto ao lado, chamei o Lobato e fui para o bunker. Quando estávamos indo, tocou um alerta no celular, um alerta muito alto, mandando procurar imediatamente um bunker”, relatou o gestor.
Retorno ao Brasil
O prefeito ou cerca de três horas abrigado no bunker. Agora, ele e os demais brasileiros aguardam liberação para retornar ao Brasil o mais rápido possível. O retorno estava previsto apenas para a próxima semana.
“Nunca tinha visto isso, só em filme. Ficamos muito assustados, muito tensos, preocupados, mas conseguiram nos acalmar. Ficamos cerca de três horas, depois liberaram para voltarmos ao quarto, e agora estamos descansando. Estamos aqui a convite do governo de Israel, com agens compradas por ele, previstas para a semana que vem. Mas, diante de tudo isso, obviamente vamos pegar o primeiro voo disponível. Dependemos do governo israelense e do governo brasileiro, porque o espaço aéreo está bloqueado. Espero estar no Brasil muito em breve”, concluiu Álvaro Damião.
Até o momento, o Itamaraty não se pronunciou sobre as providências que devem ser adotadas.
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