Quem eram os cientistas e militares iranianos mortos em ataque de Israel

Na madrugada desta sexta-feira (13), um ataque coordenado de Israel atingiu a cúpula militar do Irã, resultando na morte de diversas figuras de alto escalão, além de cientistas vinculados ao programa nuclear do país.

Entre os alvos estava o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas e principal líder militar desde 2016, atrás apenas do líder supremo Ali Khamenei. Nascido em 1960, Bagheri integrou a Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) na década de 1980, durante a guerra entre Irã e Iraque, e posteriormente tornou-se comandante da força militar paralela criada após a ascensão do regime dos aiatolás. Em seu lugar, Abdolrahim Mousavi foi nomeado novo chefe do Estado-Maior pelo líder supremo.

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Outro destaque entre os mortos é o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária desde 2019. Também veterano da guerra Irã-Iraque, ingressou na IRGC em 1980 e ganhou notoriedade pela retórica agressiva contra os EUA e Israel, além de sua participação ativa no programa nuclear iraniano. Mohammad Pakpour foi indicado para substituir Salami.

O ataque também matou o general Amir Ali Hajizadeh, chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária. Segundo militares israelenses, ele foi abatido junto a outros oficiais de alto escalão enquanto se preparavam para lançar ataques contra Israel a partir de um centro de comando subterrâneo. Ainda não há informações sobre seu substituto. Entre as outras baixas, estão os comandantes das unidades de drones e de defesa aérea do IRGC.

O general Gholam Ali Rashid, líder da estratégica base aérea de Khatam ol-Anbiya e ex-vice-chefe do Estado-Maior, também faleceu no ataque. Rashid era alvo de sanções dos EUA e de países ocidentais. O tenente-general Ali Shani foi nomeado para assumir sua posição.

Cientistas nucleares mortos

No campo científico, Mohammad Mehdi Tehranchi, físico teórico e professor de renomadas instituições iranianas, foi um dos mortos. Tehranchi, nascido em 1965, também presidiu a Universidade Islâmica Azad do Irã.

Outro importante cientista, Fereydoun Abbasi, que liderou a Organização de Energia Atômica do Irã entre 2011 e 2013 e atuou no Parlamento iraniano até 2024, também perdeu a vida no ataque. Outras figuras científicas ligadas ao programa nuclear, como Abdulhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari, Seyyed Amirhossein Faqhi e Motlabizadeh, tiveram suas mortes confirmadas, embora detalhes sobre suas funções ainda não tenham sido divulgados.

Ali Shamkhani, influente político iraniano e confidente de Khamenei, que supervisionava as negociações nucleares com os EUA, também foi morto, segundo fontes oficiais e veículos iranianos.

Além das baixas humanas, a principal usina de enriquecimento de urânio do Irã, Natanz, sofreu ataques israelenses, conforme confirmou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).